domingo, 29 de janeiro de 2012

TRANSPORTES PUBLICOS

É comum, aos Domingos de madrugada verem-se grupos de jovens, na sua maioria de etnia africana, passarem pelo Rossio em Lisboa, vindos de uma qualquer festa de Kizomba a caminho de suas casas.

Num Domingo do passado mês de Novembro, cheguei à paragem do Autocarro a fim de apanhar a carreira nº 745, cerca das 06H30, com destino ao meu local de trabalho.

Num dos cantos do abrigo estava um casal em alegre e entusiástica confraternização com beijos e abraços e alguns suspiros pelo meio.

Ambos rondavam a casa dos vinte e tal anos, ele de etnia africana e ela, pelo vocabulário e sotaque, de nacionalidade espanhola.

Ao chegar o autocarro despedem-se um do outro e, enquanto ele fica ela entra no veículo em ultimo lugar da fila de pessoas.

E aqui começa a saga.

Ao notar que a dita passageira não tinha obliterado nunhum passe nem adquirido titulo de transporte o motorista do autocarro, muito naturalmente interpelou-a acerca da falta ao que ela respondeu que não compreendia, finjindo não conhecer o idioma.

O motorista insistiu por diversas vezes da necessidade do titulo de transporte parando o veículo e informando que, a sua recusa, levaria à intervenção da policia cuja esquadra está situada na trazeira do Teatro Nacional D. Maria II.

Claro que a solicitação de intervenção policial levaria a uma demora que poderia gerar um atrazo na chegada aos locais de trabalho dos passageiros que na sua maioria iam trabalhar.

Ora a citada "menina" não se dava por achada e insistia que não compreendia.

Para abreviar a questão, abri o casaco deixando à mostra parte da farda que envergava na altura e cuja camisa se assemelhava à usada pelas forças da GNR, e, elevando a voz disse-lhe num tom marcial e de poucos amigos:

"OLHA LÁ MENINA! OU TIRAS BILHETE OU SAIS DO AUTOCARRO QUE NÓS QUEREMOS IR TRABALHAR"

Aí ela passou a entender o idioma português e levantando-se saiu, não sem antes fazer alguns salamaleques, com o que deixou no ar a ideia que a noite havia sido regada com algumas bebidas de teor alcoólico.

E lá seguimos aos nossos destinos.

Aqui fica um voto de louvor pelo profissionalismo do motorista que, por diversas vezes ao longo do percurso, começando logo na Praça dos Restauradores onde um grupo tentou a mesma sorte, impediu diversos borlistas de viajar sem titulo de transporte.

Para finalizar um abraço de solidariedade para esse profissional que não deixou de me acenar um Adeus quando saí do autocarro ao chegar ao meu destino na Rotunda da Encarnação.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Finalmente decidi criar um espaço onde caberá de tudo!

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Não caberão aqui linguagens inadequadas.

TODOS OS ASSUNTOS TERÃO CABIMENTO.